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Cuidados no Puerpério

Cuidados no Puerpério

  • Após nove meses de profundas mudanças no corpo da gestante, um dia chega o grande momento: o nascimento do bebê. Todos sabem que a gravidez não é doença e que o parto em algum momento vai acontecer.
  • O período logo após o parto é chamado de puerpério, e é o momento em que ocorrem intensas modificações físicas, hormonais e psicológicas. Todos os órgãos se recuperam das alterações ocorridas ao longo da gravidez, com exceção das mamas, que começarão a produzir o leite.
  • Após um período de 36 a 48 horas, as mulheres e seus bebês recebem alta da maternidade. Todas as dúvidas devem ser tiradas com o médico e a equipe multiprofissional ainda durante a permanência no hospital. Assim, as mães poderão ir para suas casas confiantes e seguras.
  • Independente se o parto foi normal ou cesárea, as puérperas necessitam manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em proteínas (carnes magras, peixes, leite, queijo, ovos e leguminosas como a soja e o feijão). É recomendável retirar o excesso de açúcar, sal, gordura animal e frituras.
  • O ideal é que se beba muito líquido – matéria-prima para produção do leite -, dando preferência para sucos de frutas, leite e água, evitando sempre o consumo de bebidas alcoólicas. Não fumar ou utilizar drogas ilícitas, principalmente se estiver amamentando, é outro fator de suma importância.
  • A mamãe deve usar roupas confortáveis, e aconselha-se o uso de sutiã adequado, proporcionando maior sustentação das mamas, prevenindo flacidez e impedindo que o “leite empedre”. O uso de cintas não é obrigatório.
  • A secreção genital que as puérperas apresentam chamar-se lóquios. Este processo de loquiação é decorrente da cicatrização da área do útero onde estava situada a placenta. No início a secreção é vermelha viva, e gradativamente vai se tornando mais escura. Depois de aproximadamente dez dias torna-se amarelada, desaparecendo após 6 semanas. Os lóquios têm cheiro
    característico, e caso haja presença de odor forte e desagradável, é necessário comunicar nas consultas periódicas de puerpério (revisão).
  • A automedicação deve ser totalmente proibida nessa fase, podendo levar a sérios riscos tanto para a saúde da mãe quanto para o recém-nascido. Vários medicamentos “passam para o leite”, alterando sua quantidade e qualidade.
  • A mulher no pós-parto deve redobrar a atenção, tomando banhos diários, lavando os cabelos e trocando o absorvente toda vez que for necessário. O uso de absorventes internos é permitido após a cicatrização da episiotomia (nome dado ao corte feito na região genital para ampliar a passagem do bebê).
  • As dores abdominais decorrentes da cesárea e as causa- das pela episiotomia desaparecem gradativamente e são controladas com simples analgésicos, prescritos no momento da alta hospitalar. Dores mais fortes acompanha- das de vermelhidão e inchaço no local da cicatriz devem ser comunicadas imediatamente ao médico obstetra.
  • As relações sexuais podem ser iniciadas após a completa cicatrização das feridas cirúrgicas (30 dias). Nesta fase, o epitélio vaginal está mais fino e a lubrificação vaginal prejudicada. Dessa forma, as relações sexuais devem ser mais cuidadosas para que não haja grande desconforto.
  • No puerpério, as mulheres começam a se preocupar novamente com o seu corpo, porém é preciso paciência. A perda de peso imediatamente após o parto, pela saída do recém-nascido, placenta e líquido amniótico é em torno de 4,5Kg a 5,0K9g. Outros 1,5Kg a 2,0Kg adicionais serão perdidos nos próximos 10 dias pela eliminação do líquido retido no organismo ao longo da gravidez. Se houve um ganho de peso excessivo durante a gravidez, é necessário buscar auxílio de um nutricionista. Os exercícios para combater a flacidez abdominal e a prática de esportes podem ser iniciados 15 dias após o parto normal e depois
    de 60 dias após a cesárea.
  • A alegria da chegada do bebê muitas vezes pode ser substituída por medo, insegurança e ansiedade. Isso é normal, uma vez que a rotina diária da mamãe é direcionada para a criança. Caso a insegurança, irritabilidade, choro frequente, falta de interesse e tristeza impedirem que a mãe cuide de seu bebê, o médico deve ser avisado. Esses podem ser sintomas de depressão puerperal, situação que exige tratamento.
  • O atestado para encaminhamento da licença maternidade deve ser solicitado ao médico que acompanhou o pré-natal da mamãe.

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