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  • 30/09/2019
  • Em três anos, HBB realizou 28 transplantes

    Rim e córneas foram os órgãos transplantados por equipes do Hospital Bruno Born (HBB)

    27 de setembro marca o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. A data marca a importância da conscientização sobre a doação, que pode ajudar a salvar muitas vidas – mas que ainda é tabu.

    Atualmente, conforme o Registro Brasileiro de Transplantes, cerca de 34 mil pessoas esperam transplantes no Brasil – a maior parte delas de rim e córneas. São estes dois os órgãos mais transplantados: as córneas ocupam o primeiro lugar, já que há possibilidade de retirada do doador mesmo após a parada cardíaca.

    No Hospital Bruno Born, em Lajeado, o maior hospital do Vale do Taquari, os primeiros transplantes renais foram realizados em 1998, com o urologista Ernani Bender e a nefrologista Rosane Wagner. Nos últimos três anos, profissionais da casa de saúde realizaram 21 procedimentos de rins e sete de córneas.

    Conforme o médico intensivista Nelson Barbosa Franco, coordenador da OPO6 do HBB, transplantes de fígado, pâncreas, combinado pâncreas-rim, pulmão ou coração são feitos geralmente em centros de saúde maiores no Brasil.

    Tabu e desconhecimento

    Franco explica que, com exceção das córneas, que relativamente “sobram” devido à grande disponibilidade, todos os outros órgãos transplantáveis (rim, fígado, pâncreas, combinado pâncreas-rim, pulmão e coração) fazem muita falta. “A situação é particularmente dramática se observarmos o fato de que a lista de espera só não é maior porque muitos pacientes acabam falecendo enquanto aguardam uma doação.”

    Segundo ele, a maior dificuldade em relação ao tema é a falta de conhecimento da sociedade civil sobre como ocorre a doação de órgãos, especialmente pelo fato de que a maior parte dos transplantes é feito a partir de doadores falecidos. “Quando estamos tratando um potencial doador de órgãos falecido (que sofreu morte cerebral e encontra-se com os demais órgãos mantidos apenas às custas de suporte artificial sem possibilidade nenhuma de reversão), cabe aos familiares mais próximos decidir sobre o aceite ou a recusa da doação de órgãos”, reforça. “No entanto raras são as pessoas que conversam sobre esse assunto com a sua família. Na maioria das vezes os parentes são chamados a tomar uma decisão importantíssima como essa logo após o recebimento da notícia da morte de seu ente querido, o que traz uma enorme carga emocional pelo desconhecimento do processo e da opção de seu familiar.”

    Por isso a campanha do Dia Nacional da Doação de Órgãos: “Para que as pessoas tomem conhecimento sobre o processo, construam sua opinião com base em informações confiáveis e conversem com seus familiares sobre qual seria sua escolha caso um dia se confrontassem com a morte”, argumenta o médico.

    Saiba mais

    A equipe responsável pelos transplantes no HBB é composta pelas nefrologistas Nara Pimentel e Juliana Pimentel; pelos urologistas Douglas Bohnemberger e Ernani Bender; e pelos cirurgiões vasculares Gibran Ahmad e Vinicius Pletsch.

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